Atendimento Pré-Hospitalar Móvel: Uma Abordagem Abrangente para Situações de Urgência
Neste artigo, exploraremos o conceito e a importância do Atendimento Pré-Hospitalar Móvel (APH), delineado na Portaria 2048/2002 do Ministério da Saúde. Analisaremos as diferentes facetas do APH, desde sua definição até a coordenação eficiente entre a Central de Regulação, as equipes de intervenção e os serviços de segurança, destacando seu papel crucial na resposta rápida a eventos de saúde que podem levar a sofrimento, sequelas ou mesmo à morte.
APH
11/11/20233 min read


O Atendimento Pré-Hospitalar Móvel (APH) é uma peça essencial nos sistemas de saúde, representando a resposta precoce a agravos à saúde que podem resultar em consequências sérias. De acordo com a Portaria 2048/2002 do Ministério da Saúde, o APH móvel procura chegar precocemente à vítima, independentemente da natureza do agravo (clínico, cirúrgico, traumático ou psiquiátrico), visando prestar atendimento e/ou transporte adequado a um serviço de saúde hierarquizado e integrado ao Sistema Único de Saúde (SUS).
O APH móvel pode ser categorizado em primário e secundário, dependendo da origem do pedido de socorro. Quando o pedido parte diretamente do cidadão, caracteriza-se como atendimento pré-hospitalar móvel primário. Já quando a solicitação vem de um serviço de saúde, indicando que o paciente já recebeu o primeiro atendimento necessário à estabilização, mas necessita ser conduzido a outro serviço de maior complexidade, é considerado atendimento pré-hospitalar móvel secundário.
Um dos aspectos fundamentais do APH é sua vinculação a uma Central de Regulação de Urgências e Emergências. Essa central desempenha um papel crucial na coordenação eficiente entre os diversos elementos do sistema, desde a análise inicial do caso pelo médico regulador até a orientação da equipe de intervenção no local da ocorrência. Essa coordenação é essencial para garantir uma resposta rápida e adequada a situações críticas.
A central deve ser de fácil acesso ao público, disponibilizando um número nacional de urgências médicas, como o 192, e outras linhas exclusivas da saúde, se necessário. O médico regulador, após avaliar cada caso, define a resposta mais apropriada, que pode incluir um conselho médico por telefone, o envio de uma equipe de atendimento ao local da ocorrência ou ainda o acionamento de múltiplos recursos, dependendo da gravidade e urgência do caso.
É crucial ressaltar a importância da comunicação eficiente entre a Central de Regulação, as ambulâncias e todos os serviços que recebem os pacientes. O monitoramento via rádio pelo médico regulador permite orientar a equipe de intervenção quanto aos procedimentos necessários à condução do caso. Essa rede de comunicação garante uma abordagem integrada e coordenada, essencial para o sucesso do APH.
Além disso, a portaria destaca a necessidade de os serviços de segurança e salvamento seguirem as decisões do médico regulador de urgências. Mesmo em situações excepcionais, onde demandas de atendimento de eventos com vítimas ou doentes ocorrem, a orientação do médico regulador é fundamental. Protocolos de despacho imediato de recursos de atenção às urgências podem ser estabelecidos, desde que haja comunicação simultânea com a central, assegurando o exercício da regulação médica em todos os casos.
Em síntese, o Atendimento Pré-Hospitalar Móvel é um componente vital nos sistemas de saúde, proporcionando uma resposta ágil e coordenada a situações de urgência. A centralidade da Central de Regulação, a comunicação eficiente e a atuação conjunta das equipes de intervenção e serviços de segurança são elementos cruciais para o sucesso dessa abordagem, que visa preservar vidas e minimizar as consequências de agravos à saúde.
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Bibliografia: Ministério da Saúde (Brasil). Portaria nº 2048, de 5 de novembro de 2002. Aprova o Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 6 nov. 2002. Seção 1, p. 88. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/prt2048_05_11_2002.html
Fonte da imagem: https://www.brasildefatomg.com.br/2018/07/23/samu-comeca-a-funcionar-no-triangulo-norte-mas-uberlandia-fica-de-fora